Bom dia. Excepcionalmente, chegando na terça-feira por conta do feriado prolongado.

Lá fora, os mercados fecharam o pregão de ontem no vermelho. Ponto para o nosso IBOVzão que fechou ontem no 0 a 0. ¯\(ツ)/¯

Teremos mais uma semana reduzida — e intensa — na Faria Lima.

Vamos nessa. Começando pelos nossos QUICK TAKES da semana.

Quote: “O ocidente como conhecíamos já não existe”, Ursula von der Leyen, líder da União Europeia

Stat: Mundo caminha para recessão e Brasil deve crescer só 2,2% em 2025, projeta ONU (InfoMoney)

Watch: “Estamos vivendo o colapso da ordem mundial?”, Daniel Ades (Market Makers)

Cambió el cambio: o que acontece agora na Argentina?

Por ora, sem mortos, nem feridos, nem falidos. Pelo contrário, investidores do país e do exterior se animaram com as mudanças feitas no câmbio argentino.

• O governo de Javier Milei acabou com o “cepo cambial”, que controlava a compra e venda de dólares no país desde 2019. 

Um controle frouxo, diga-se: o cepo trouxe com ele a existência do chamado “dólar blue”, uma cotação paralela, flutuante, criada para que os argentinos pudessem proteger, em dólar, o poder de compra que vinha sendo corroído pela inflação (que chegou a bater 211% em 2023). 

Em tese, o dólar blue é ilegal — mas a bagunça generalizada fazia com que até mesmo o Banco Central fizesse vista grossa à sua existência. 

Agora, o dólar paralelo “perde função”. Pela nova política, o preço pode variar por banda, entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar, com a promessa de aumento nas duas pontas da banda em 1% mês a mês.

Paolo Di Sora, da RPS Capital, resume o pensamento do mercado diante da mudança: 

O ânimo dos investidores não tem a ver apenas com a flutuação cambial, mas com o que ela representa, somada a outras iniciativas do governo Milei para mudar o rumo da economia argentina.

O acordo com o FMI é parte disso: são US$ 20 bilhões a um prazo de 48 meses que, segundo o ministro da Economia, Luis Caputo, permitirão a "recapitalização do BC para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação". 

Em 12 meses, o índice acumula 55,9%.

Back to business

O fim do cepo deve atrair novos investidores para a Argentina; gente que não enviava dólares para o país pelo risco de não poder retirá-los depois — ou de perder muito dinheiro numa operação dessas. 

Mas a Argentina ainda precisa superar o desafio de voltar ao mercado de capitais, melhorar sua classificação de risco e poder acessar os índices de bolsa de mercados emergentes.

A cereja do bolo de uma semana exitosa para Milei foi este encontro do presidente argentino com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, que reafirmou o apoio do governo Trump ao que chamou de “ousadas reformas econômicas da Argentina”. 

O apoio não é desinteressado. Os Estados Unidos buscam frear a influência chinesa na América Latina, como vem acontecendo na África. 

Mesmo que como peão no xadrez alheio, a visita coloca a Argentina de volta a um mapa do qual ela, há anos, não participava.

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🏗️ INDÚSTRIA: Edge, da Cosan, importa gás argentino ao Brasil via Bolívia | A operação ocorreu em parceria com a argentina Tecpetrol, que tem produção própria de 25 milhões de metros cúbicos por dia (UOL Economia)

🌾 AGRONEGÓCIO: Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab | Total estimado é de 676,96 milhões de toneladas do produto. O resultado é 5,1% menor do que a safra recorde, registrada no ciclo anterior. (Agência Brasil)

🍽️ SERVIÇOS: 99 anuncia investimento de R$ 1 bilhão no Brasil e retorno do 99Food | Hoje, a 99 opera no Brasil com o aplicativo de transporte de passageiros por carro, 99Motos, 99Entrega e 99Pay. (Pequenas Empresas, Grandes Negócios)

🛍️ VAREJO: Carrefour Brasil (CRFB3): Península se desfaz de toda sua participação na varejista | Até então, a acionista detinha 4,906% do capital da companhia. Assembleia-geral de acionistas do Carrefour Brasil votará proposta do controlador francês para fechar o capital da subsidiária brasileira.(Money Times)

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🫵 Trump volta a criticar Powell e pede corte de juros (Bloomberg)

💰️ BTG (BPAC11) compra área de wealth management da JGP (Money Times)

🤑 BNDES aprova crédito de R$ 30 milhões para expansão da Chilli Beans (Istoé Dinheiro)

🇨🇳 China acusa EUA de bullying e chama reunião da ONU após tarifaço (Metrópoles)

📈 Ações da Hertz chegaram a disparar mais de 50% após Bill Ackman adquirir grande participação na locadora (Times Brasil)

🏦 A startup de software de design Figma anunciou que protocolou sua documentação confidencial para um IPO (Tech Crunch)

🍷 Consumo de vinho cai ao menor nível em 63 anos (Seu Dinheiro)

⛽️ Consumidores podem economizar R$ 8 bilhões em combustível com incentivo a carros elétricos (G1 Economia)

Prejuízo com fraudes no Pix cresce 70% e atingiu R$ 4,9 bilhões em 2024 (IstoÉ Dinheiro)

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Segunda, 21/04: Feriado Nacional no Brasil; reuniões do FMI nos Estados Unidos. 

Terça, 22/04: Boletim Focus do Banco Central; reuniões do FMI nos Estados Unidos.

Quarta, 23/04: Balança comercial da zona do Euro; reuniões do FMI; 

Quinta, 24/04: Índice de Confiança do consumidor (FGV) no Brasil; reunião do Conselho Monetário Nacional; divulgação do PMI de Serviços e Indústria dos EUA; reuniões do FMI; 

Sexta, 25/04: IPCA-15 mensal de abril e acumulado dos 12 meses anteriores; receita tributária federal; reuniões do FMI nos Estados Unidos.

Governo admite que vai faltar dinheiro em 2027

Na última semana, o governo encaminhou ao Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2026, que também inclui uma projeção sobre os economics da União até 2029.

Fora a projeção de um salário mínimo a R$ 1.630 em 2026, o que mais chamou atenção foi o simples fato que o próprio governo aponta que as contas públicas terão um colapso já em 2027 — primeiro ano do próximo mandato presidencial.

A projeção é que a máquina pública sofrerá um “apagão” e o governo ficará sem dinheiro para arcar com as despesas discricionárias (não obrigatórias). Apesar do nome, essa categoria inclui:

• Despesas básicas, como conta de luz e aluguel;

• Despesas essenciais, como saúde e educação;

• Despesas essenciais, como para socorro em desastres naturais;

• Emendas parlamentares;

O motivo: Os gastos obrigatórios vão aumentar, muito porque os precatórios voltam a contar na meta fiscal a partir de 2027.

Ou seja: Na prática, o espaço para gastos não obrigatórios é abocanhado pelo aumento dos gastos obrigatórios. Em números:

📉 2026 | O valor disponível para despesas não obrigatórias será de R$ 208,3 bilhões.

📉 2027 | Esse montante cai para R$ 122,2 bilhões, valor que o próprio governo considera insuficiente para manter os serviços básicos.

📉 2029 | Restariam apenas R$ 8,9 bilhões.

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Em 2017, Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, foi presenteado pela montadora italiana Autimobili Lamborghini com um modelo único e especial: uma Huracán RWD branca com detalhes em dourado, em homenagem às cores da bandeira do Vaticano.

O pontífice abençoou o veículo, deixou sua assinatura nele e o enviou para leilão. O carro foi arrematado por 715 mil euros, valor que Francisco destinou inteiramente para a caridade.

Na manhã de ontem, aos 88 anos, Francisco faleceu.

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