15/09/2025 | edição #0058

Bom dia. A gente sabe que a semana foi do noticiário político. Mas dá essa moral para o mercado também… Aconteceu muita coisa que você precisa saber.

Vamos nessa. Começando pelos nossos QUICK TAKES da semana.

Quote: “INSS não tem condição nenhuma de fiscalizar acordos com entidades”, diz ex-ministro em CPMI

Stat: IPCA tem queda de 0,11% em agosto, primeira deflação em um ano, diz IBGE

Read: Esse não é um livro de finanças; mas é (Money Times)

VARIAÇÕES SEMANAIS | COTAÇÕES DE SEXTA-FEIRA, 12/09 (PÓS FECHAMENTO)

O homem que superou Elon Musk (por algumas horas)

Larry Ellison, 81 anos.  Figura pouco midiática no universo dos bilionários, Ellison ganhou os noticiários nesta semana e viu dispararem as buscas por seu nome na internet. 

Nascido em Nova York e dono de uma ilha no Havaí, Ellison está “aposentado” desde 2014, quando deixou o cargo de CEO da Oracle, empresa que fundou em 1977 (falaremos dela logo mais).

Aposentado entre aspas, mesmo. Ellison continua atuando como investidor - até 2022 foi membro do conselho da Tesla e colocou US$1 bilhão na compra do X. 

Ainda assim, raramente esteve no centro da conversa pública como seus pares — figuras midiáticas como Elon Musk, Jeff Bezos ou Mark Zuckerberg. 

Ironias à parte, o interesse sobre quem é o bilionário surgiu justamente depois que superou Elon Musk na lista dos mais ricos do mundo.

A presença de Elisson no topo da lista pode ter durado pouco, mas para a Oracle, a coisa vai render por uns bons anos depois do dia de glória.

A guinada começou depois que a empresa informou ter fechado quatro novos contratos bilionários com três grandes clientes, o que elevou a receita contratada ainda não reconhecida (RPO) a US$455 bilhões, uma alta de 359%.

Esse resultado levou a Oracle às alturas. E Elisson também. 

As ações da empresa valorizaram quase 40% e seu fundador ganhou mais de US$100 bilhões em 1 dia. 

União de gigantes. O contrato que levou a Oracle a chegar bem perto do status de empresa trilionária com a OpenAI, dona do ChatGPT.

A companhia de inteligência artificial vai adquirir US$ 300 bilhões em poder computacional da Oracle ao longo de cinco anos, a partir de 2027.

A cifra - que é maior que o PIB de países como  Nigeria, Finlândia, Chile e Peru - vai impactar o resultado da empresa pelos próximos anos. 

“Este acordo representa não apenas um marco para a Oracle, mas um avanço para todo o setor de tecnologia. O futuro da IA dependerá de acesso seguro, escalável e confiável à infraestrutura de nuvem,” afirmou um porta-voz da Oracle.

A Oracle será o pilar estratégico no fornecimento de infraestrutura de alta performance para modelos de IA, uma posição altamente disputada por suas concorrentes como Microsoft, Google e Amazon. 

O legado de Ellison.  A trajetória de Larry Ellison sempre foi marcada pela ousadia. Ainda nos anos 80, ele construiu a Oracle desafiando a IBM e criando um dos primeiros bancos de dados relacionais comerciais. Décadas depois, voltou a contrariar o consenso do mercado: enquanto rivais se concentravam em software, apostou na construção de data centers e infraestrutura própria de nuvem.

Os movimentos recentes parecem apontar um caminho. Se a riqueza de Ellison pode subir e descer do topo da lista, o mesmo não se pode dizer da posição que a Oracle conquistou. 

O contrato com a OpenAI é um divisor de águas que garantirá receita bilionária por anos e, mais do que isso, coloca a empresa no centro de uma corrida tecnológica que moldará a próxima década.

🏗️ INDÚSTRIA: Fabricante do Ozempic corta 9 mil empregos; entenda o que está por trás dos cortes da Novo Nordisk | A maioria das vagas eliminadas fica na Dinamarca, com previsão de redução de 5 mil vagas do quadro de 78,4 mil funcionários (Seu Dinheiro)

🌾 AGRONEGÓCIO: Brasil eleva vendas de café para México e Colômbia após tarifas dos EUA | Relatório da associação de exportadores Cecafé aponta alta de 90% das exportações para a segunda maior economia em LatAm em agosto; os embarques do Brasil para os EUA caíram 46,5% (Bloomberg Línea)

🍽️ SERVIÇOS: Mesmo com a “xepa do EAD”, ensino superior deve encerrar ano sem crescimento | Ensino semipresencial deve seguir trajetória de crescimento, enquanto presencial fica estável, segundo consultoria Hoper Educação (Valor)

🛍️ VAREJO: Vendas do comércio crescem 1% em julho, quarto avanço anual seguido | Crescimento anual foi acompanhado por seis das oito atividades (UOL Economia)

Tarifaço pode levar quase um milhão de americanos à pobreza, diz estudo (CNN)

Warren Buffett diz estar “decepcionado” com divisão da Kraft Heinz; ações caem 3% (CNBC)

A inflação na Argentina permanece em 1,9% mensal em agosto (El País)

Embraer anuncia venda de 50 aviões por R$ 23,8 bilhões a empresa aérea dos Estados Unidos (Terra)

Tesouro faz emissões ‘táticas’ e reforça colchão para 2026 (Brazil Journal)

Agência de risco Fitch rebaixa nota de crédito do Master após BC barrar venda ao BRB (Infomoney)

O saldão da Reag: gestora negocia CIABRASF e avança em desmonte após operação da PF (Neofeed)

Banco Central europeu mantém taxa de juros com economia mostrando resiliência (Money Times)

Tupy busca reorganizar operação para reduzir impacto de guerra comercial, diz CEO (Bloomberg Línea)

Governo e Senado disputam CVM, mas indicações podem sair até outubro (Pipeline)

Segunda, 15/09: Boletim Focus e IBC-Br (Brasil);

Terça, 16/09: Taxa de desemprego (Brasil); Salários e produção industrial (Zona do Euro); Vendas no varejo, produção industrial e estoques de petróleo bruto (EUA);

Quarta, 17/09: IPC (Reino Unido e Zona do Euro); IGP-1o, Selic (Brasil); Taxa de Juros (Canadá);

Quinta, 18/09: Taxa de juros (EUA); balanço orçamentário e comercial (Argentina).;

Sexta, 19/09: Encontro do Eurogrupo; Taxa de juros (Japão). 

#01 - Uma análise do último IPCA

#02 - A história da quebra do Banco da Inglaterra

Fresh air no mercado de celulares

O anúncio dos novos iPhones da Apple trouxe certo ar fresco ao mercado de celulares. Depois de alguns anos criticada pela falta de inovação, a companhia de Tim Cook apresentou mudanças no layout dos aparelhos e uma versão ultrafina, chamada de iPhone 17 Air. Com uma tela de 6,5 polegadas e 5,6 milímetros de espessura, ele será mais fino que seu rival da Samsung, o Edge. 

DOLLAR BILL // THAT'S ALL, FOLKS

BECAUSE MONEY MATTERS. A leitura semanal obrigatória para gestores, traders e CEOs. Toda segunda-feira na sua caixa de entrada.