Bom dia. O que os olhos não veem… O bolso sente. Vale para o IOF e para o golpe do INSS. O importante é estar sempre alerta.

Vamos para mais uma semana, a começar pelos nossos quick takes!

_{PS: Compartilhe a Dollar Bill direto no seu grupo de amigos clicando aqui.}

Quote: 'As pessoas falam mais do Brasil como o país do Pix do que como o país do futebol', Gabriel Galípolo, presidente do BC ao Valor

Stat: Emprego industrial cai pela primeira vez em 18 meses, revela CNI (Portal da Indústria)

Read: Por que os investidores não têm uma teoria de tudo (The Economist)

Not friends anymore

Quando Elon Musk deixou o governo de Donald Trump, já se falava sobre a divergência que os separava: o tarifaço americano, que prejudica as empresas do bilionário. 

Mas o que era apenas uma faísca virou um incêndio com apenas uma postagem de Musk no X:

Trump reagiu. Disse que Musk sempre esteve a par do projeto e que só se manifestou contra quando viu que a medida poderia afetar os carros elétricos da Tesla. E disse que ia se livrar do carro da marca que possui. 

Musk deu a tréplica:

"Sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos estariam em 51-49 no Senado", disse o bilionário.

O desentendimento colocou as empresas de Musk em alerta. Cerca de US$22 bilhões dos contratos da SpaceX com o governo dos Estados Unidos estão em risco e vários programas espaciais do país podem sofrer mudanças.

As ações da Tesla despencaram. O valor de mercado da empresa teve sua maior queda em um único dia, com US$153 bilhões eliminados.

Sobrou até para a Dragon.  Musk disse na quinta-feira que começará a "desativar" a espaçonave da SpaceX, que é usada pela Nasa. Depois, recuou e disse que não faria isso. A Dragon é a única nave norte-americana da agência capaz de transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional. 

A impopularidade do tarifaço de Trump deu fôlego às críticas de Musk, amplamente apoiado por americanos nas redes sociais. 

Mas a situação da Tesla não é a mais confortável.

Ao sair do governo, Musk disse que voltaria à sua cadeira na empresa depois da perda de 41% no valor de mercado da companhia só no primeiro trimestre de 2025. A nova perda se soma, então, a um histórico que não vinha favorável. 

Mas nada disso parou a discussão, que chegou a ataques pessoais inéditos.

Musk acusou Trump de estar envolvido no escândalo de Jeffrey Epstein — empresário acusado de abuso sexual e tráfico internacional de menores.

O post foi apagado depois. Mas o estrago estava feito.

A acusação — ainda sem provas — fez as buscas pelo termo nos Estados Unidos dispararem. A maioria, relacionando a termos como “vendeta” e “impeachment”.

A semana terminou com uma entrevista de Steve Bannon ao The New York Times defendendo a deportação de Elon Musk. 

O jornal, aliás, fez uma linha do tempo da relação “ioiô” entre o empresário e o presidente americano. Você pode ver a íntegra aqui.

—

🌾 AGRO: Carlos Fávaro confirma controle da gripe aviária em granja comercial e projeta data para retomada | “Ficamos na expectativa [de] reduzirmos as restrições comerciais no final dos 28 dias”, disse. (Money Times)

🏭️ INDÚSTRIA: Tarifa de 50% dos EUA sobre aço entra em vigor e Brasil também é afetado | Em 2024, os americanos compraram US$4,6 bilhões em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”. Com o valor, o Brasil foi o segundo maior fornecedor aos EUA. (CNN Brasil)

🍽️ SERVIÇOS: Caixa tem lucro líquido de R$ 4,9 bilhões no 1º trimestre, alta de 71,5% em um ano | O destaque foi o setor imobiliário, que avançou 12,7%. (G1 Economia)

🛍️ VAREJO: Carrefour (CRFB3) lança BDRs na B3 após reorganização societária; veja o novo ticker | Com a operação, todas as ações emitidas pelo Grupo Carrefour Brasil passam a ser detidas pela MergerSub. (Estadão)

—

• A maior queda de capitalização de mercado da Tesla em um dia (The Wall Street Journal)

• A Casa Branca quer 90 acordos comerciais. Até agora, pode ter apenas um. (The New York Times)

• Estudo do FED de Nova York diz que empresas aumentaram preços rapidamente após tarifas (Bloomberg)

• Empresas francesas vão investir R$ 100 bilhões no Brasil em 5 anos, diz presidente da Apex (Valor) 

• Goldman Sachs eleva recomendação para XP e rebaixa B3 devido à relação risco-retorno (Infomoney)

• SPX encerra operação para investidores institucionais e devolve R$800 milhões (Neofeed) 

• Pix Automático vai reduzir custo de empresas com cobranças, diz Galípolo (CNN Money)

• Santander desiste de Broedel e nomeia outro contador-chefe global (Brazil Journal)

—

Segunda, 09/06: Boletim Focus (Brasil); Feriado (Suíça e Austrália). 

Terça, 10/06: IPCA de Maio (Brasil); Estoque semanal de petróleo bruto (EUA). 

Quarta, 11/06: Inflação (EUA); Índice de sentimento do consumidor da Thompson Reuters (Brasil e EUA)

Quinta, 12/06: PIB mensal e Balança comercial (Reino Unido); Índice de Preços ao Produtor; Pedidos iniciais de seguro-desemprego (EUA); Vendas no varejo (Brasil). 

Sexta, 13/06: Crescimento do setor de serviços (Brasil); Produção industrial (Zona do Euro); Índice de Preços ao Consumidor (França, Espanha e Alemanha).

—

A melhor thread que vimos na semana

#01 | O modelo mental dos gênios dos investimentos

—

Dois gigantes

5h29. Três match points salvos pelo espanhol. Partida decidida no super tie break do 5⁠º set.

Um jogo digno da primeira final de Grand Slam entre o TOP-1 e TOP-2 do mundo. Confirmando que entramos em uma nova era no tênis. Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.

E que classe dos dois ao final. Demonstração de respeito mútuo e amizade. Dois grandes campeões. Dessa vez, ficou com o espanhol. Vale ver os highlights depois para quem perdeu.

—

Gostou da leitura? Envie pelo WhatsApp para seus amigos do mercado financeiro clicando aqui. Eles também vão gostar.