Bom dia. Warren Buffet disse uma vez “alguém está sentado na sombra hoje porque alguém plantou uma árvore há muito tempo”. Já plantou sua árvore hoje?

Vamos nessa. Começando pelos nossos QUICK TAKES da semana.

Quote: “Não funcionou para a União Soviética, não funcionou ao tentar proteger os proprietários de imóveis dos incêndios na Califórnia, e não funcionará em outros casos”, Howard Marks, sobre tentativas de governos de controlar a economia. 

Read: A governança para decidir sobre regras de governança do Novo Mercado (Pipeline)

Stat: Desemprego cai para 6,2% em maio, menor da história para o período (Poder 360)

O governo vai parar?

O congresso derrubou a alta do IOF proposta pelo governo. Num movimento já esperado, mas que, nos bastidores, foi considerado uma “traição” do presidente da Câmara, Hugo Motta.

"Saí de lá imaginando que estava tudo bem. Não só eu, todo mundo. Eu não sei o que mudou. Eu não consigo... O que mudou daquele domingo para hoje?", disse o ministro da Fazenda Fernando Haddad, em entrevista à Folha. 

Tanto caiu mal, que o governo quer revide. O governo decidiu ir ao STF chorar o assunto e pedir que a Corte derrube a decisão do legislativo. Mais um ponto no conto do governo que vem demonstrando dificuldade de gerar estabilidade. 

Enquanto isso, vale o escrito. E nem tudo foi água no chope do ministro da Fazenda, já que diversos itens da pauta proposta pelo governo ainda foram mantidos. 

O que caiu 👎

• Aumento do IOF para compras internacionais de pessoas físicas;

• Alta do IOF para compra de moeda estrangeira em espécie e em remessas para o exterior;

• Aumento na alíquota diária do imposto para empresas;

• Elevação da alíquota diária do imposto para o chamado "risco sacado";

• Alta no IOF de zero para 5% sobre VGBL;

• Elevação de zero para 0,38% para fundos de investimento em direito creditório na aquisição de cotas.

O que continua valendo👎

• Aumento da alíquota sobre bets, de 12% para 18% sobre a receita líquida (GGR);

• Aumento da taxação dos juros sobre capital próprio (JCP) — mecanismo utilizado pelas empresas — de 15% para 20%;

• Aumento de zero para 5% na taxação dos chamados títulos incentivados, como LCI, LCA;

• IR de 17,5% em aplicações financeiras

• Tributação de cripoativos em 17,5% a partir de 2026.

• Taxação de "fintechs" que passarão ser tributadas como as demais instituições financeiras, com alíquotas de 15% ou 20%.

A derrubada dos principais itens da pauta animou o mercado financeiro. 

Mas deixa um problema em aberto. Como o governo vai fechar as contas públicas sem os R$20 bilhões de arrecadação inicialmente previstos com as mudanças?

CNN: Governo quer solução para queda do decreto do IOF em até três semanas.

O IFI, uma instituição independente do Senado Federal, apontou em relatório nesta semana que a meta fiscal deve ser cumprida em 2025, mas há um cenário catastrófico em marcha:

Segundo as projeções, o governo pode enfrentar um "shutdown" da máquina pública já no próximo ano e a dívida brasileira chegaria a 124,9% do PIB em dez anos, um aumento vertiginoso e sem precedentes. O relatório completo está aqui.

Diante desse cenário, o que preocupa os investidores e especialistas é vislumbrar que não há cartas na manga do governo para aumentar a arrecadação e que os gastos continuam subindo. 

Essa preocupação também afeta o investimento estrangeiro. Nesta semana, a Fitch manteve a nota de crédito do Brasil em BB. Mas, no relatório, expressou a preocupação com a dívida crescente do governo:

“As incertezas fiscais continuam sendo uma fonte de risco macroeconômico mais amplo, tendo se manifestado na recente volatilidade do mercado, e as perspectivas de reformas estruturais para enfrentar os desequilíbrios subjacentes provavelmente só ficarão mais claras após as eleições de 2026”

🏗️ INDÚSTRIA: Raízen volta ao mercado de bonds com mais US$ 750 milhões para alongar dívida | Com dívida elevada e prejuízo bilionário na última safra, empresa acelera plano de alongamento e recompra de vencimentos mais curtos. Em 2025 já foram captados US$ 2,5 bilhões (AgFeed)

🌾 AGRONEGÓCIO: JBS segue atenta a fusões e aquisições, mas sem um alvo à vista | Investimentos da empresa devem alcançar até US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos (Globo Rural) 

🍽️ SERVIÇOS: O domínio do pagamento por aproximação entre brasileiros de alta renda | Sete a cada dez pessoas dessa faixa são adeptas do meio, mas idosos são desafio para adesão (Veja Negócios)

🛍️ VAREJO: Mercado de bairro representa um terço do setor varejista brasileiro | Maior canal em número de PDVs, com 416 mil lojas, as mercearias representam 11% do faturamento obtido anualmente pelo comércio. (BM&C News)

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As ações globais estão majoritariamente em alta após as ações dos EUA atingirem a beira de um recorde (Associated Press)

Trump considera nomear o próximo presidente do Fed com antecedência na tentativa de minar Powell (The Wall Street Journal)

Minerva entra com recurso no Cade contra fusão de Marfrig e BRF (Money Times)

Rival do Nubank, Revolut compra unidade do BNP na Argentina (Valor)

Cogna capta US$ 100 mi com instituição financeira do Banco Mundial (CNN Money)

Wall Street prevê lucros inesperados para grandes bancos dos EUA com o plano do Fed de flexibilizar a regra de alavancagem (Reuters)

Mapa Capital poderá controlar Casas Bahia após acordo com bancos sobre debêntures (Istoé Dinheiro)

Juro do consignado ao setor privado soma 3,75% ao mês em maio, o dobro do cobrado de aposentados e servidores (G1 Economia)

Robotáxi da Tesla pode adicionar US$ 100 bi em valor à empresa, avalia economista (BM&C News)

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Segunda, 30/06: PIB do Trimestre (Reino Unido); Boletim Focus (Brasil); IPC (Alemanha); Índice de Gerentes de Compras de Chicago (EUA).

Terça, 01/07: IPC (Zona do Euro); Discurso do presidente do FED (EUA); Índice de Gerentes de Compras da Indústria (EUA).

Quarta, 02/07: IPC-Fipe de junho e Produção Industrial (Brasil); Mudança do emprego não-agrícola; Estoques de petróleo bruto (EUA).

Quinta, 03/07: Ganhos médios por hora; Pedidos iniciais de seguro-desemprego; Índice de Gerentes de Compras de Serviços Globais (EUA); 

Sexta, 04/07: Feriado (EUA); Balança comercial de junho (Brasil)

#01 - A dor e a delícia do mercado curto-prazista

#02 - Apenas um senhorzinho e um relógio

O carro elétrico que promete enfrentar a Tesla

A Xiaomi anunciou que recebeu mais de 200 mil pedidos para o novo carro elétrico, o YU7, apenas três minutos após o início das vendas em Pequim. O modelo promete ser mais barato que o Tesla e custar, em média US$ 30 mil. 

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